terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Cantando nos Terreiros do Povo



O projeto Cantando nos Terreiros do Povo, idealizado pela Cantora e compositora  Vera Lima  encerra temporada de apresentações este ano no dia 21/12 ocupando o espaço aberto no assentamento Don José Maria Pires, em Forte velho Cabedelo, a partir das 19 horas. O “encontro cultural” é realizado a cada lua cheia, na área rural do estado da Paraíba, nos assentamento, povoados e sítios. O “terreiro” é o nome que a povo nordestino dá para a área localizada na frente da casa. Era coisa comum nas áreas rurais às pessoas se reunirem neste local para conversar, contar estórias, adivinhações, declamar versos, ver as cantigas das crianças brincando de roda, partilhar conhecimentos, ouvir os cordelistas, realizar as festividades, ver os brincantes da cultura popular e ect. O terreiro é de fato “um espaço de encontro”, um ambiente agregador da comunidade.

            Ao pensar este projeto o desejo de Vera Lima era vivenciar no terreiro a alegria do encontro entre as pessoas de diversas gerações. Por isso a proposta deste projeto é trabalhar com o que a cantora e compositora chama de “Estética da Possibilidade”. No terreiro do povo, o mais importante é a participação e envolvimento do publico com a arte, o repertório é pensado para ser cantado “com o povo”, o publico, é sujeito ativo, eu sou uma artista que provoca a participação da comunidade  artista-educadora, uso a música-poesia-arte como instrumento de ligação com as diversas expressões e  linguagens do povo. O Show-encontro é um espaço plural e democrático. O belo no terreiro é a liberdade do encontro, é entrar em contato com as lembranças das vivencias mais simples da vida interiorana, de quem teve o prazer de experimentar, sentar-se no terreiro de casa em noite de lua cheia.

             Muitas pessoas acompanham e apoiam o projeto, e todos fazem sem receber cachê. Vera Lima  convidou alguns companheiros músicos e amigos (as) da cidade de Santa Rita e João Pessoa, eles toparam o desafio e o prazer que é levar a arte na zona rural (sem grana) e acompanham o projeto, cada um(a) contribui do jeito que sabe e pode. Outros (as) doam dinheiro para gasolina, outro faz a sonorização e assim nesse jeito-solidário de apoiar a arte, segue o projeto.


             "Sou muito a essas pessoas que estão sempre no apoio a esse projeto. (Sueldes e Fernando e toda sua família, Zélia, Sandra Alves, Bené, Mário, Lourenço Molla, Juliano, Gabi, Joana Darc, Jocieldes, Gracinha, Bell Gomes, Anadilza, Casa Pequeno Davi, Cecilia, Iremar, Dani, Márcio de Paula, Flavia Maia  e tanta gente mais." destaca a idealizadora e organizadora.

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